O Supremo Tribunal Federal (STF) interrogou nesta quinta-feira (24) 13 réus dos núcleos 2 e 4 da investigação sobre a trama golpista que visava desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os réus, o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o tenente-coronel Mauro Cid foi quem começou a se referir ao ministro Alexandre de Moraes pelo apelido de 'professora', em tom de brincadeira, sem intenção de ocultar informações.
Câmara, que negou qualquer envolvimento em ações ilegais, declarou que as informações compartilhadas com Cid eram de domínio público e utilizadas apenas para planejamento logístico. Ele mencionou uma troca de mensagens sobre o trajeto de Moraes no dia da diplomação de Lula, ressaltando que seu objetivo era prever a possível presença de Bolsonaro no evento.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga indícios de que os réus utilizaram métodos sofisticados para espionar autoridades, além de planos para assassinar Moraes e Lula. Os réus do núcleo 2, segundo a PGR, desempenharam papéis de coordenação em ações golpistas, enquanto o núcleo 4 é acusado de espalhar notícias falsas para descredibilizar o processo eleitoral e fomentar instabilidade política.