O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para a próxima quinta-feira, 24 de outubro, o interrogatório de sete réus do chamado "núcleo 4" da ação penal que investiga uma suposta trama golpista. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os acusados são responsáveis por operações de desinformação que visavam desestabilizar o processo eleitoral e atacar instituições e autoridades contrárias aos interesses do ex-presidente e seus aliados.
Os réus incluem militares da reserva e civis, como Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli e Carlos César Moretzsohn Rocha, entre outros. A PGR alega que todos estavam cientes do plano maior da organização e que suas ações contribuíram para a instabilidade social e a tentativa de ruptura institucional. Eles enfrentam acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, entre outros crimes.
Na última terça-feira, 15 de outubro, o STF ouviu testemunhas de defesa e acusação dos núcleos 2 e 4, com audiências realizadas por videoconferência. As oitivas do Núcleo 4 estão programadas para serem concluídas amanhã, 16 de outubro. O juiz auxiliar Rafael Henrique Janela Tamai Rocha e a juíza auxiliar Luciana Sorrentino conduziram as audiências, que contaram com a participação de representantes do Ministério Público e advogados de defesa.
As testemunhas ouvidas incluem membros da Polícia Federal e outros indivíduos indicados pelas defesas dos réus. O andamento das audiências é parte de um processo mais amplo que busca esclarecer as ações dos réus e suas implicações para a democracia brasileira.
