O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o dia 24 de outubro o interrogatório dos sete réus do Núcleo 4, envolvidos em uma suposta trama golpista que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições. A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou esse núcleo como responsável por ações de desinformação relacionadas ao processo eleitoral.
Os réus enfrentam cinco acusações, incluindo organização criminosa e tentativa de golpe de Estado, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão. Entre os atos criminosos atribuídos a eles estão a disseminação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e ataques a autoridades que se opuseram aos planos golpistas.
Na última quarta-feira (16), foram ouvidas as testemunhas de defesa do Núcleo 2 em uma audiência realizada por videoconferência, sem gravações, conforme determinação de Moraes. Após o interrogatório, as partes poderão solicitar diligências adicionais antes que a fase de instrução da ação penal seja encerrada, permitindo a apresentação das alegações finais antes do julgamento pelo STF.
Os réus do Núcleo 4 incluem oficiais da reserva do Exército e um policial federal, entre outros, que agora têm a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos durante o interrogatório marcado para a próxima semana.