A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em sessão virtual, por 3 votos a 0, manter a determinação do ministro Alexandre de Moraes que impõe ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar redes sociais. A decisão também inclui restrições de contato com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, e proíbe o ex-presidente de se comunicar com embaixadores e políticos estrangeiros.
O julgamento foi conduzido pelo ministro Cristiano Zanin, que preside a Primeira Turma, e contou com o apoio dos ministros Flávio Dino e Zanin. Além das restrições mencionadas, Bolsonaro deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 07h, e nos finais de semana. A instalação da tornozeleira eletrônica ocorreu na central da Polícia Federal (PF).
Nos bastidores do STF, há preocupações sobre a possibilidade de Bolsonaro tentar fugir para os Estados Unidos ou outro país aliado da extrema-direita, o que poderia comprometer a Justiça brasileira. Durante uma operação na residência do ex-presidente, a PF encontrou USD$ 14 mil e R$ 8 mil, além de um pen drive escondido, que será analisado pela perícia.
A decisão do STF reflete a necessidade de garantir a ordem pública e a integridade das investigações em andamento, diante das alegações de que Bolsonaro poderia coordenar ações contra o governo brasileiro a partir do exterior.