O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta terça-feira (22), a decisão do ministro Alexandre de Moraes que impõe medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A defesa de Bolsonaro apresentou uma manifestação negando qualquer descumprimento das proibições, que incluem a utilização de redes sociais, após a divulgação de um vídeo em que o ex-presidente aparece exibindo sua tornozeleira eletrônica durante uma visita à Câmara dos Deputados no último sábado (20).
Os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno argumentam que Bolsonaro não postou nem acessou suas redes sociais, e que também instruiu terceiros a não fazê-lo. Eles ressaltam que a decisão de Moraes não impede a concessão de entrevistas, mesmo que essas possam ser compartilhadas nas redes sociais posteriormente pela imprensa.
A defesa solicita ao STF um esclarecimento sobre o alcance das proibições, especialmente no que diz respeito à realização de entrevistas. Eles afirmam que Bolsonaro não fará mais manifestações até que haja um entendimento claro sobre as restrições impostas. Desde 17 de julho, o ex-presidente está sob medidas cautelares na Ação Penal 2.668, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana.