O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter as prisões preventivas de Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. A decisão foi proferida na última semana, reafirmando a gravidade das condutas atribuídas aos réus e a necessidade de garantir a ordem pública.
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), é irmão do deputado cassado Chiquinho Brazão, ambos acusados de serem mandantes do crime. Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, é acusado de ter prestado apoio logístico aos executores do assassinato, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, que também estão presos.
O crime teria sido motivado por disputas fundiárias na Zona Oeste do Rio, onde Marielle se opôs a interesses financeiros relacionados à regularização de terras griladas. Moraes destacou que a manutenção das prisões é essencial para evitar a obstrução das investigações, considerando o poder econômico e as conexões ilícitas dos réus. A ação penal 2434, que investiga o caso, ainda está na fase de instrução processual, sem previsão para o julgamento de mérito.