O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (17) manter as prisões de Domingos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, réus pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro. A decisão foi fundamentada na possibilidade de que os acusados possam obstruir as investigações se forem soltos.
Domingos Brazão e seu irmão, Francisco Brazão, que se encontra em prisão domiciliar, são apontados como mandantes do crime, motivado por questões fundiárias na região. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Rivaldo Barbosa forneceu diretrizes para a execução do crime, realizado por Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, já condenados e presos.
As investigações da Polícia Federal também indicam que Barbosa teria atuado para garantir a impunidade dos envolvidos. Em sua decisão, Moraes destacou que a manutenção da prisão preventiva é respaldada por fundamentos jurídicos sólidos e pela jurisprudência do STF, além de evidências de que os réus poderiam interferir nas apurações em andamento.