O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (9) pela manutenção da prisão do general do Exército Mário Fernandes, um dos réus envolvidos na trama golpista. Fernandes está detido desde novembro de 2022 e sua prisão foi considerada essencial para garantir o andamento do processo judicial.
Na decisão, Moraes destacou a necessidade de preservar a ordem pública e a integridade da instrução processual penal, citando a denúncia apresentada contra o general e a inexistência de novos fatos que justifiquem sua liberação. O ministro enfatizou que a custódia cautelar é fundamental para a continuidade das investigações.
O general Mário Fernandes, que ocupou o cargo de secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro, é acusado de ter elaborado um documento intitulado "Punhal Verde e Amarelo", que continha planos para ações violentas contra autoridades, incluindo o próprio ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal também revelou que Fernandes alegou ter recebido aval do ex-presidente Jair Bolsonaro para um plano golpista até o final de seu mandato.
Em resposta às acusações, a defesa de Mário Fernandes argumentou que o suposto plano não foi apresentado a ninguém e refutou as alegações feitas pela Polícia Federal. O caso segue em investigação, com novas testemunhas programadas para depor nos próximos dias.