A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (18 de julho de 2025) a favor da manutenção das medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. O voto de Lúcia foi o quarto a confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou as medidas após uma operação da Polícia Federal (PF) de busca e apreensão contra Bolsonaro.
Até o momento, o placar da votação virtual da 1ª Turma do STF está em 4 a 0 a favor das cautelares, com os votos de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. A ministra justificou sua posição afirmando que os indícios apresentados no processo demonstram a necessidade das medidas, citando postagens que sugerem tentativas de interferência no andamento da Ação Penal 2.688, na qual Bolsonaro é réu.
A votação permanece aberta até a próxima segunda-feira (21 de julho), aguardando o voto do ministro Luiz Fux. As medidas cautelares foram estabelecidas em um inquérito que investiga o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por sua suposta atuação em conjunto com o governo dos Estados Unidos, visando retaliações contra o Brasil e obstruindo a ação penal relacionada à tentativa de golpe de Estado em 2022. Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos desde março, alegando perseguição política, terá sua licença do mandato encerrada no domingo (20 de julho).