O Supremo Tribunal Federal (STF) está em processo de julgamento das sanções aplicadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, com a expectativa em torno do voto do ministro Luiz Fux, que é o último a se manifestar. A votação, que ocorre no plenário virtual e se estende até segunda-feira, 21, já conta com a maioria dos ministros da 1.ª Turma favoráveis à decisão do relator, ministro Alexandre de Moraes. Entre os que acompanharam Moraes estão Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
As sanções impostas a Bolsonaro incluem a proibição de contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos, além de restrições de circulação e a instalação de uma tornozeleira eletrônica. O ministro Moraes ordenou a busca da Polícia Federal em endereços do ex-presidente, alegando riscos de fuga para o exterior. A decisão gerou uma rápida retaliação do governo dos EUA, que suspendeu o passaporte de Moraes e de seus familiares.
As divergências entre os ministros do STF, especialmente entre Fux e Moraes, têm se intensificado desde o início do julgamento dos réus envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Fux, que já se posicionou contra algumas das decisões de Moraes, sinalizou que pode acolher teses dos réus, o que poderá impactar o resultado final do julgamento. A 1.ª Turma do STF tem se mostrado unânime em várias decisões, mas a postura de Fux pode trazer novos desdobramentos ao caso.