O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta sexta-feira, 18, o julgamento das sanções impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em meio a um embate diplomático entre o Brasil e os Estados Unidos. O ministro Luiz Fux, o último a se manifestar, prepara seu voto, enquanto a maioria da 1.ª Turma já se posicionou a favor das medidas restritivas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
As sanções incluem a proibição de Bolsonaro de se comunicar com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, e a instalação de uma tornozeleira eletrônica. Moraes também determinou restrições à liberdade do ex-presidente, que não poderá sair de casa à noite ou nos finais de semana. As medidas foram tomadas após a Polícia Federal realizar buscas em endereços relacionados a Bolsonaro.
A decisão de Moraes provocou uma retaliação imediata do governo americano, com a suspensão do passaporte de Alexandre de Moraes e de seus familiares. O julgamento no plenário virtual do STF deve ser concluído até a próxima segunda-feira, 21, e, caso Fux não se manifeste, sua ausência será considerada no resultado final.
As divergências entre os ministros do STF, especialmente entre Fux e Moraes, têm se intensificado desde o início do processo que investiga os atos de 8 de janeiro. Fux, que já se posicionou contra algumas das decisões de Moraes, poderá influenciar o desfecho do julgamento, que envolve 31 réus, incluindo Bolsonaro e ex-ministros de seu governo.