O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil iniciou uma investigação envolvendo o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e as empresas BTG Pactual e Tullet Prebon. A apuração se concentra em uma série de negociações atípicas no mercado de contratos futuros de dólar, que ocorreram em um intervalo de pouco mais de uma hora e totalizaram mais de R$ 6,6 bilhões. Lutnick, que confirmou a imposição de tarifas contra o Brasil a partir de 1º de agosto, é um dos principais alvos da investigação.
As movimentações financeiras chamaram a atenção da Advocacia-Geral da União (AGU), que levantou suspeitas de que as transações poderiam ter sido realizadas por indivíduos que já possuíam informações privilegiadas sobre as tarifas, antes de seu anúncio oficial. A AGU acredita que isso poderia configurar um caso de insider trading, prática ilegal que envolve o uso de informações não divulgadas para obter vantagem em negociações financeiras.
Com a investigação em andamento, o STF busca esclarecer se as operações realizadas pelas empresas foram meras apostas arriscadas ou se houve conhecimento prévio sobre as tarifas, o que poderia implicar em sérias consequências legais para os envolvidos. A situação destaca a necessidade de maior vigilância sobre as práticas de mercado e a integridade das informações financeiras em um cenário de crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e o Brasil.