O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta quinta-feira (24) a fase de interrogatórios de 13 réus acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), visava manter Jair Bolsonaro no poder de forma irregular após as eleições de 2022. Os depoimentos, que ocorrem por videoconferência e presencialmente, são parte da instrução processual e envolvem dois núcleos da organização: gerenciamento de ações e desinformação.
Entre os réus estão figuras de destaque como Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, e Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência. A PGR acusa os investigados de crimes graves, incluindo tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, entre outros. O ex-presidente Jair Bolsonaro também é réu no caso, já tendo prestado depoimento ao STF.
Os réus do núcleo de gerenciamento de ações são acusados de coordenar ações golpistas, como a utilização da PRF para dificultar o voto de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva e a elaboração de um decreto golpista. Já o núcleo de desinformação é acusado de disseminar notícias falsas para desacreditar o processo eleitoral e criar instabilidade política.
Após os interrogatórios, a fase de alegações finais será iniciada, e os ministros do STF deverão julgar os casos nos próximos meses. A expectativa é que o desfecho desse processo tenha implicações significativas para a política brasileira.