O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início nesta segunda-feira, 28, aos interrogatórios dos réus envolvidos no núcleo 3 da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os acusados estão militares das Forças Especiais do Exército, que supostamente planejaram o sequestro e assassinato de autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os interrogatórios contarão com a presença de dez réus, entre eles coronéis e tenentes-coronéis do Exército, como Bernardo Romão Correa Netto e Fabrício Moreira de Bastos. As investigações indicam que alguns dos acusados incitaram outros militares a apoiar o golpe, realizando ataques a comandantes que se opunham às ações contra o Estado de Direito.
Fabrício Bastos é apontado como um dos autores de uma carta aberta que buscava apoio entre oficiais das Forças Armadas para o plano golpista. Outros réus, como Márcio Nunes Júnior, estão ligados a um grupo de WhatsApp que discutia ações golpistas, enquanto tenentes-coronéis foram implicados no planejamento de uma operação que previa a execução de autoridades.
O general Estevam Theophilo, que comandava os militares envolvidos, é acusado de colocar as tropas à disposição da tentativa de golpe, enquanto o agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares é suspeito de atuar como infiltrado, repassando informações estratégicas ao grupo. As investigações seguem em andamento, com o STF buscando esclarecer os detalhes da trama criminosa.