O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sob medidas restritivas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o proíbem de se aproximar a menos de 200 metros das embaixadas em Brasília. A decisão visa garantir a segurança e a ordem pública, especialmente considerando a proximidade de sua residência com várias representações diplomáticas. Das 132 embaixadas na capital, seis estão localizadas a menos de 3 km de sua casa no Jardim Botânico.
Além da restrição de distância, Bolsonaro também não pode manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras, conforme estipulado pela decisão judicial. A embaixada dos Estados Unidos, que fica a cerca de 8 km de sua residência, é uma das mais conhecidas, especialmente por sua relação com o ex-presidente Donald Trump, que apoiou Bolsonaro durante seu mandato.
Em fevereiro de 2024, Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal relacionada a uma suposta tentativa de golpe de Estado. Durante essa operação, seu passaporte foi apreendido e dois ex-assessores foram detidos. A defesa de Bolsonaro negou que sua permanência na embaixada tenha sido uma tentativa de buscar asilo ou evitar investigações, ressaltando que, sob a proteção da convenção internacional, ele estava fora do alcance das autoridades brasileiras.
As embaixadas são consideradas locais invioláveis, conforme a Convenção de Viena de 1961, da qual o Brasil é signatário. Isso significa que, enquanto esteve na Embaixada da Hungria, Bolsonaro só poderia ser abordado por agentes brasileiros com o consentimento do governo húngaro.