A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a referendar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última sexta-feira, 18 de julho de 2025. Entre as sanções estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com autoridades estrangeiras. O julgamento, que ocorre no plenário virtual do STF, conta com a participação de cinco ministros e se estende até a próxima segunda-feira, 21 de julho, às 23h59.
Os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino já votaram a favor da decisão de Moraes, que considera que Bolsonaro e seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atuaram em conjunto para interferir na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. O voto de Dino foi fundamental para consolidar a maioria, destacando a gravidade das ações do ex-presidente e o potencial de continuidade delitiva.
A decisão de Moraes foi motivada por uma carta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual Trump defendeu Bolsonaro e anunciou tarifas sobre produtos brasileiros. A Procuradoria Geral da República (PGR) também manifestou apoio às medidas cautelares. Além das restrições mencionadas, o ministro autorizou buscas e apreensões em endereços relacionados ao ex-presidente, reforçando a seriedade das acusações contra ele.