O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil reafirmou sua independência após a carta enviada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Integrantes da Corte afirmaram que a taxação não influenciará os julgamentos em andamento, especialmente aqueles relacionados a grandes plataformas digitais.
A avaliação interna no STF é de que a tentativa de Trump de pressionar o Judiciário brasileiro representa uma violação da soberania nacional. Os ministros destacam que a legislação brasileira deve ser respeitada por todas as plataformas, independentemente de sua origem, e que não há expectativa de alteração no curso dos processos, incluindo o que investiga a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde a decisão de agosto do ano passado, que envolveu a plataforma X, de Elon Musk, a Corte tem se mantido firme em sua posição de que a Justiça brasileira deve prevalecer. Embora não se descarte a possibilidade de referências indiretas durante os julgamentos, a linha central permanece: todos os trâmites seguirão os ritos constitucionais estabelecidos, com apurações pela Polícia Federal e deliberações da Procuradoria Geral da República.
As primeiras impressões dos ministros indicam que a carta de Trump não alterará as posturas da Corte em relação a redes sociais ou ao processo de investigação sobre a tentativa de golpe, reafirmando a autonomia do STF em suas decisões.