O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, entre os dias 9 e 10 de agosto, para discutir a crise gerada pela nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante as conversas, ficou decidido que o STF não se manifestará sobre a questão, deixando as respostas a cargo da política e da diplomacia.
A carta de Trump, divulgada nas redes sociais na quarta-feira (9), justifica a taxação alegando um tratamento “muito injusto” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, insinuando que ele estaria sendo perseguido pela Justiça brasileira. Em resposta, Lula reafirmou a soberania do Brasil, afirmando que o país não aceitará ingerências externas e que as decisões judiciais são de competência exclusiva da Justiça nacional.
O presidente brasileiro também manifestou a intenção de negociar com os EUA, mas ressaltou a necessidade de respeito às decisões do Brasil. Lula destacou que, caso não haja um acordo, o Brasil poderá adotar tarifas equivalentes. Ele enfatizou que a nova tarifa não é uma taxação exclusiva ao Brasil, mas uma prática que Trump tem adotado com outros países desde sua posse, e que é um direito de cada nação reagir a tais medidas.