O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu em julho pelo retorno ao regime fechado de Iraci Megume Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Ferreira da Silva Guardia, de 74 anos, condenadas pelos atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A medida foi tomada após as idosas descumprirem mais de 1.000 vezes as regras de uso de tornozeleira eletrônica durante a prisão domiciliar em São Paulo.
Moraes justificou sua decisão afirmando que as infrações demonstram um "desprezo" pelo Judiciário, não aceitando as justificativas das defesas sobre a necessidade de tratamentos médicos e psicológicos. A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (SAP-SP) informou que Nagoshi violou as regras 982 vezes, enquanto Guardia acumulou pelo menos 20 infrações.
O advogado Jaysson França, que representa ambas as condenadas, alegou que os descumprimentos ocorreram devido a problemas técnicos nos equipamentos de monitoramento, que já haviam sido comunicados às autoridades. Ele também destacou que as idosas enfrentam diversos problemas de saúde, com Nagoshi relatando depressão, distúrbio renal, diabetes e trombose, e Guardia apresentando trombose e problemas neurológicos, tendo necessitado de cadeira de rodas antes da prisão domiciliar.