Na noite de sexta-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou um despacho autorizando a remoção de deputados federais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que estavam acampados na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A medida foi tomada após solicitação da Procuradoria Geral da República, que alegou que os parlamentares poderiam estar envolvidos em práticas criminosas. Moraes também intimou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a tomar as providências necessárias para a execução da ordem.
O acampamento, iniciado pelo deputado Hélio Lopes (PL-RJ), atraiu outros parlamentares e apoiadores, que protestavam contra as decisões judiciais relacionadas a Bolsonaro. Moraes determinou que, caso os deputados não desocupassem o local, poderiam ser presos. Além disso, o ministro proibiu a instalação de novos acampamentos em um raio de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e de quartéis das Forças Armadas, visando evitar a repetição de eventos como os ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Durante as negociações, o governador Ibaneis Rocha expressou desconforto com a situação, mas concordou em transferir os acampados para outro local na Esplanada. A decisão de Moraes foi clara ao afirmar que a segurança pública e a ordem deveriam ser preservadas, autorizando a atuação da Polícia Militar do Distrito Federal e da Polícia Federal para garantir a remoção imediata dos deputados, caso houvesse resistência.