Na noite de sexta-feira, 25, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a utilização de força policial para remover deputados bolsonaristas acampados na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A decisão foi tomada após solicitação da Procuradoria Geral da República, que indicou a possibilidade de prática criminosa por parte dos parlamentares. Moraes também determinou a prisão dos deputados que não acatassem a ordem de desocupação.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi intimado a tomar as devidas providências e se dirigiu ao local para negociar a saída dos deputados. Durante a negociação, que envolveu o desembargador aposentado Sebastião Coelho, Ibaneis expressou seu desconforto com a situação, afirmando não concordar com as ações em curso. Os deputados, entre eles Hélio Lopes (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-AL), acabaram concordando em transferir suas barracas para outro local na Esplanada dos Ministérios, mas foram informados sobre uma nova decisão que proibia acampamentos em um raio de 1 quilômetro da Praça.
Moraes justificou a proibição como uma medida preventiva para evitar eventos semelhantes aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A decisão inclui a remoção imediata dos deputados e a notificação das forças de segurança para garantir a ordem pública. A medida visa assegurar que não haja novas manifestações que possam ameaçar a segurança do local e das instituições.
A ordem de Moraes foi clara ao determinar que a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Federal realizassem a remoção dos indivíduos que estivessem participando da manifestação, caracterizada como uma possível resistência à autoridade pública. O ministro enfatizou a necessidade de preservar a ordem e a segurança na região.