O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 24 horas para que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro justifiquem o descumprimento de medidas cautelares impostas pela corte. A exigência surge após a divulgação de um vídeo em que Bolsonaro aparece usando tornozeleira eletrônica e fazendo um discurso, o que é proibido por ordem judicial.
Na última quinta-feira (17), Moraes já havia estabelecido que Bolsonaro deveria usar monitoramento eletrônico, permanecer em casa durante a noite e em fins de semana e feriados, além de não sair da comarca, não utilizar redes sociais, nem mesmo por meio de terceiros, e evitar contato com outros réus, embaixadores ou autoridades estrangeiras.
O ministro ressaltou que as publicações recentes, nas quais Bolsonaro exibe a tornozeleira e faz discursos, configuram uma violação das determinações judiciais. Moraes argumentou que o ex-presidente estaria tentando burlar as medidas cautelares.
Caso os advogados não apresentem explicações formais sobre o ocorrido, o ex-presidente poderá enfrentar prisão imediata, conforme estipulado pela legislação penal. A Ação Penal 2.668, que envolve Bolsonaro, também inclui outros membros do antigo governo, como os generais Augusto Heleno, Braga Netto, Almir Garnier e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.