O Supremo Tribunal Federal (STF) está considerando o encerramento do contrato com a Fundação Para o Desenvolvimento das Artes e Comunicação (Fundac), responsável pela gestão da TV e Rádio Justiça. A decisão ocorre em um momento crítico, com o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, se aproximando. A Fundac enfrenta uma crise trabalhista, com funcionários relatando atrasos no pagamento de férias e irregularidades no recolhimento do Fundo de Garantia (FGTS).
Em nota, o STF informou que está monitorando a situação e exigiu que a Fundac cumpra suas obrigações contratuais, incluindo a aplicação de multas. A fundação, que é uma entidade privada sem fins lucrativos, ainda não se manifestou sobre as acusações. Os funcionários da TV e Rádio Justiça aprovaram um estado de greve, pressionando a Fundac a resolver as pendências trabalhistas.
A mobilização dos trabalhadores ocorre em um momento em que a atenção do país está voltada para o STF, especialmente com o julgamento iminente da ação penal relacionada ao golpe de Estado. O sindicato dos jornalistas do Distrito Federal alertou que uma possível greve pode impactar as transmissões das sessões da Corte, que são frequentemente retransmitidas por emissoras privadas. Uma nova assembleia está marcada para agosto, onde os trabalhadores avaliarão se suas demandas foram atendidas pela Fundac.