Na manhã desta sexta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou uma operação de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação foi realizada pela Polícia Federal (PF) em Brasília e em endereços relacionados ao Partido Liberal, do qual Bolsonaro é membro.
Moraes justificou a operação com base na conclusão de que Bolsonaro estaria tentando obstruir as investigações sobre sua suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. O ministro destacou que o ex-presidente, em conluio com seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, estaria utilizando redes sociais e declarações na imprensa para interferir no andamento do processo judicial.
Entre os elementos que motivaram a decisão, está o repasse de R$ 2 milhões feito por Bolsonaro a seu filho, que se encontra nos Estados Unidos. A PF investiga se esse valor foi utilizado para pressionar autoridades brasileiras e obter sanções estrangeiras contra membros do STF e da Procuradoria-Geral da República.
O ex-presidente é réu em uma ação penal que pode resultar em uma pena superior a 40 anos de prisão, caso seja condenado por crimes como organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. Em 2023, Bolsonaro já havia sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.