O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi alvo de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos, conforme anunciado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano. A decisão, publicada recentemente, bloqueia todos os bens de Moraes em território americano e proíbe qualquer transação financeira com cidadãos e empresas dos EUA, incluindo o uso de cartões de crédito de bandeira americana.
As sanções foram interpretadas como uma interferência nas questões internas do Brasil, gerando reações de diversas autoridades e políticos brasileiros. A deputada federal Gleisi Hoffmann classificou o ato como 'violento' e 'arrogante', afirmando que nenhuma nação deve se intrometer no Poder Judiciário de outra. Por sua vez, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, destacou que defender Moraes é defender a democracia e a soberania nacional.
Outras vozes, como a deputada federal Sâmia Bonfim e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, também se manifestaram, condenando as sanções e ressaltando a importância da defesa das liberdades democráticas. Freixo argumentou que Moraes está sendo punido por cumprir seu dever constitucional, enquanto Bonfim criticou a postura de parlamentares que apoiam as sanções.
As sanções da Lei Magnitsky, que visam punir violadores de direitos humanos, geraram um intenso debate político no Brasil, com a liderança do governo Lula na Câmara, José Guimarães, chamando a medida de 'conspiração' da família Bolsonaro contra o país. A situação continua a ser monitorada, com possíveis desdobramentos nas relações entre Brasil e Estados Unidos.