O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não se manifestou sobre a defesa de Jair Bolsonaro (PL) em relação ao descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-presidente. As alegações foram apresentadas dentro do prazo estipulado, que se encerrou na terça-feira (22), mas a expectativa sobre uma possível prisão preventiva permanece indefinida.
As medidas cautelares incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, além da proibição de contato com investigados e restrições ao uso de redes sociais. Na segunda-feira (21), Bolsonaro fez uma visita à Câmara dos Deputados, onde exibiu a tornozeleira e a chamou de "símbolo da máxima humilhação", gerando repercussão nas redes sociais, especialmente por meio de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro.
Moraes considerou que as declarações públicas de Bolsonaro poderiam configurar descumprimento da ordem judicial e, em resposta, estabeleceu um prazo de 24 horas para que a defesa se manifestasse. Os advogados de Bolsonaro, Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno, negaram qualquer violação, argumentando que a divulgação por apoiadores é um efeito "incontrolável" das dinâmicas digitais e que a decisão judicial não especificava a proibição de reprodução de entrevistas pela imprensa.
O silêncio de Moraes até o momento gera especulações sobre sua decisão, com aliados de Bolsonaro acreditando que o ministro pode optar por não tomar uma decisão imediata sobre a prisão, a fim de evitar alimentar a narrativa de perseguição política.