Cerca de 500 satélites da Starlink foram incinerados ao entrar na atmosfera terrestre em 2023, representando aproximadamente 6% da frota em órbita. O processo, que ocorreu entre dezembro de 2024 e maio de 2025, faz parte do ciclo de vida planejado dos satélites, que têm uma duração de cinco anos. Após esse período, os dispositivos são desviados para uma trajetória que os leva à desintegração devido ao atrito com o ar.
Esta é a primeira vez que uma quantidade significativa de satélites da Starlink passa por esse processo de incineração. Apesar de ser uma prática prevista pela empresa, a crescente quantidade de objetos em órbita e os detritos resultantes têm gerado preocupação entre cientistas. Eles alertam para a falta de conhecimento sobre os impactos ambientais dos resíduos gerados pela destruição dos satélites, que geralmente caem em oceanos.
Além disso, especialistas destacam que as nanopartículas liberadas na atmosfera podem ter efeitos ainda não estudados, levantando questões sobre a segurança e a sustentabilidade das operações de satélites em larga escala. A Starlink, empresa de Elon Musk, continua a expandir sua rede de internet via satélite, mas a gestão dos resíduos espaciais se torna um tema cada vez mais relevante.