Um dia após a invasão de torcedores no centro de treinamento do Sport Club do Recife, o clube e a Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE) apresentam versões conflitantes sobre os eventos. A diretoria do Sport anunciou que acionará o Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) para investigar a situação, que envolveu cerca de 50 torcedores que adentraram as instalações de forma agressiva, intimidando atletas e funcionários.
A PM-PE, em comunicado inicial, afirmou que não houve registro de violência durante a ocorrência, mas o presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Ademar Rigueira, contestou essa afirmação, alegando que a polícia chegou ao local apenas após a invasão e que o clube sofreu depredações. Rigueira, que também é advogado do clube, destacou a gravidade da situação e a ausência da polícia durante o confronto.
Em resposta, a PM-PE divulgou uma nova nota, esclarecendo que estava presente nas proximidades do CT com o objetivo de prevenir atos de violência, mas que não recebeu solicitações de intervenção do clube. A corporação lamentou a entrada de torcedores organizados nas dependências do Sport e reiterou que a segurança do local é de responsabilidade do clube. Até o momento, não foi registrado boletim de ocorrência, mas Rigueira afirmou que um B.O. será elaborado.
A situação do Sport no Campeonato Brasileiro é preocupante, com apenas três pontos em 12 jogos, resultantes de três empates e nove derrotas. O clube é o único sem vitórias na competição e enfrentará o Cruzeiro no próximo domingo, às 16 horas, no Mineirão, em busca de reabilitação.