O sinal SOS, reconhecido mundialmente como um pedido de ajuda, foi estabelecido no início do século 20 e se tornou um símbolo universal de socorro. A sua popularidade levou à adoção da sigla em diversas iniciativas humanitárias e ambientais, como SOS Mata Atlântica e SOS Rio Grande do Sul, que utilizam o termo para transmitir mensagens de urgência e solidariedade.
A professora doutora Valéria Bussola Martins, do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, explica que a origem do SOS está no Código Morse, escolhido por sua facilidade de transmissão e reconhecimento, mesmo em condições adversas. Embora muitos associem a sigla a frases como "Salvem Nosso Navio" ou "Salvem Nossas Almas", a professora esclarece que o SOS não representa uma abreviação específica.
Antes do SOS, o sinal de emergência mais utilizado era o CQD, criado por Guglielmo Marconi em 1904. O reconhecimento oficial do SOS ocorreu em 1906, durante a Convenção Internacional de Radiotelegrafia em Berlim, e passou a ser adotado globalmente em julho de 1908. Segundo Valéria, o SOS influenciou a comunicação de emergência, demonstrando a importância de um padrão simples e repetitivo.
Apesar do avanço tecnológico, o SOS mantém sua relevância, aparecendo em botões de emergência e mensagens automáticas. A professora conclui que, mesmo com novas tecnologias, o SOS é um símbolo universal que continuará a ser utilizado em situações de risco, reafirmando a necessidade de soluções simples quando a tecnologia falha.