O governo da Síria anunciou nesta quinta-feira, 17, a retirada de suas tropas da Província de Sweida, após dias de intensos confrontos com grupos paramilitares da minoria drusa. A decisão foi tomada em decorrência de um acordo de cessar-fogo mediado por Estados Unidos, Turquia e países árabes, que foi firmado na quarta-feira, 16. Desde o início dos combates, mais de 500 pessoas perderam a vida, segundo a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
O presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, declarou que a segurança na região será delegada a "grupos locais" drusos, enfatizando a necessidade de priorizar o bem-estar dos cidadãos sírios em vez de optar por uma "guerra aberta" com Israel. Ele ressaltou que a história do país é marcada por batalhas em defesa do povo, mas que a escolha atual é pela paz e estabilidade.
A escalada de violência na região começou com sequestros e ataques entre tribos beduínas e facções armadas drusas, levando a confrontos diretos com as forças governamentais. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que Israel continuará a proteger a comunidade drusa e que o cessar-fogo foi resultado de intensos ataques israelenses às forças sírias. O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, denunciou alegações de execuções extrajudiciais e abusos contra civis durante os confrontos.