Neste sábado (19), o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, anunciou um cessar-fogo imediato na região de Sueida, no sul do país, onde um conflito entre drusos e beduínos se intensificou após ataques israelenses, incluindo bombardeios na capital Damasco. O acordo foi mediado pelos Estados Unidos, que facilitaram conversas entre líderes sírios e israelenses na sexta-feira (18), após confrontos que resultaram em mais de 700 mortes, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Apesar do anúncio, os combates continuaram na manhã de sábado, com a participação de grupos sunitas que se uniram às tribos beduínas contra os drusos. Em resposta à escalada da violência, a presidência síria enviou uma força especial à região, enquanto o presidente interino reafirmou o compromisso do Estado em proteger todas as minorias e condenou os crimes ocorridos em Sueida.
O enviado dos EUA para a Síria, Tom Barrack, destacou a importância da paz, convocando drusos, beduínos e sunitas a deporem as armas e a trabalharem juntos por uma identidade síria unida. A situação na região é preocupante, com relatos de casas e veículos incendiados, além de uma deterioração rápida da situação humanitária, conforme alertou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).