O setor público consolidado do Brasil apresentou um déficit de R$ 61,016 bilhões em junho, conforme divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira, 31. O resultado negativo ocorre após um rombo ainda maior de R$ 92,145 bilhões registrado em maio. As despesas com juros do governo central, que inclui o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, totalizaram R$ 51,963 bilhões, enquanto os governos regionais gastaram R$ 8,677 bilhões e as empresas estatais R$ 376 milhões.
No primeiro semestre de 2023, as despesas do setor público com juros somaram R$ 416,667 bilhões, representando 6,74% do Produto Interno Bruto (PIB). Em um panorama mais amplo, no acumulado dos últimos 12 meses, essas despesas atingiram R$ 912,313 bilhões, equivalendo a 7,45% do PIB.
Além disso, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) aumentou de 76,1% do PIB em maio para 76,6% em junho, passando de R$ 9,265 trilhões para R$ 9,389 trilhões. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a DBGG subiu de 88,4% para 89,9% do PIB no mesmo período. Essa métrica é crucial para a avaliação da capacidade de solvência do Brasil pelas agências de classificação de risco.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que considera as reservas internacionais do país, também apresentou crescimento, passando de 62,0% do PIB em maio para 62,9% em junho, totalizando R$ 7,702 trilhões. Esses indicadores refletem a crescente pressão fiscal enfrentada pelo governo brasileiro em um cenário econômico desafiador.