Uma ala do setor produtivo brasileiro solicitou ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a extensão do prazo para a quitação do Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) com instituições financeiras, passando de 750 para 1.500 dias. O pedido ocorre em um momento crítico, a apenas quatro dias da implementação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que entrarão em vigor em 1º de agosto.
Trump justificou a imposição das tarifas em uma carta enviada a Lula, afirmando que a decisão foi influenciada pelo tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, declarou que o governo está elaborando um plano de contingência para mitigar os impactos da taxação, embora reconheça a dificuldade do prazo.
Além da prorrogação do ACC, o setor produtivo também defende a criação de um programa similar ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que foi implementado durante a pandemia de Covid-19. Este novo programa visa proteger os empregos dos trabalhadores afetados pelas novas tarifas, oferecendo suporte em situações de redução de jornada e suspensão de contratos de trabalho.