O head de Comércio Exterior do LIDE, Roberto Giannetti, afirmou que o setor privado brasileiro busca maior previsibilidade nas relações comerciais com os Estados Unidos, destacando que um aumento de tarifas poderia comprometer décadas de integração econômica. A declaração foi feita após uma reunião com empresários, onde Giannetti enfatizou a necessidade de segurança nas operações econômicas entre os dois países.
Durante o encontro, os empresários discutiram a formação de um grupo representativo que acompanhará o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em futuras negociações em Washington. O objetivo é promover reuniões com o Departamento de Comércio e o Departamento de Estado dos EUA, visando a redução de tarifas e a criação de perspectivas para os setores exportadores.
Participaram da reunião líderes de diversos setores, incluindo Henrique Meirelles, Caio Megale e João Doria. Embora governadores, como Tarcísio de Freitas, tenham se mostrado dispostos a contribuir, os empresários ressaltaram que a condução das negociações cabe ao governo federal. Doria destacou que a contribuição é bem-vinda, mas a liderança deve ser do vice-presidente.
Os empresários elogiaram a condução das pautas por Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, mas pediram uma maior participação do setor privado nas discussões. Giannetti afirmou que é comum nos EUA o setor produtivo realizar lobby e que o grupo buscará abrir canais para demonstrar os impactos negativos das tarifas tanto para a indústria quanto para os consumidores americanos. Ao final do encontro, o grupo reafirmou seu compromisso em pressionar por um ambiente de negociação mais técnico e menos influenciado por disputas políticas internas.
