O setor de serviços no Brasil apresentou um crescimento de 0,1% em maio de 2023, segundo dados do IBGE, marcando o quarto mês consecutivo de alta. O resultado de abril foi revisado para cima, passando de 0,2% para 0,4%. Apesar dos sinais de desaceleração previstos por economistas, a performance do setor continua a ser impulsionada por segmentos como Serviços de Informação e Comunicação, que registraram um aumento de 6% no acumulado do ano, com destaque para os serviços de tecnologia da informação, que cresceram quase 13%.
Em comparação anual, as receitas reais de serviços cresceram 3,6%, refletindo um avanço de 3,0% nos últimos 12 meses. O indicador do IBGE também mostrou um aumento de 1,0% no trimestre móvel até maio, e 2,3% em relação ao ano anterior. No entanto, os Serviços Prestados às Famílias enfrentaram uma perda de força em maio, embora a resiliência do setor seja mantida devido ao alívio da inflação e ao aumento da renda do trabalho.
Os especialistas, como Luis Otávio Leal, economista chefe da G5 Partners, destacam que a dinâmica do setor de serviços parece estar mais ligada ao ambiente de negócios e ao desenvolvimento tecnológico do país. A expectativa é que os serviços relacionados à demanda doméstica continuem a crescer, enquanto os serviços voltados para empresas possam enfrentar um enfraquecimento no segundo semestre de 2023.
Claudia Moreno, economista do C6 Bank, prevê que o setor deve terminar o ano com uma expansão acima de 2%, impulsionada por estímulos governamentais, como aumento de gastos e liberação de recursos do FGTS. No entanto, ela alerta que a economia brasileira está em um processo de desaceleração e deve crescer menos em 2024.