Paulo Edson Aparecido Campolongo, servidor público da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) de São Paulo, confessou ter realizado ataques a 17 ônibus na capital e na região metropolitana. A informação foi divulgada pela Polícia Civil nesta terça-feira, 22 de julho de 2025. Campolongo, que atua como motorista há 30 anos, alegou que suas ações eram um "protesto" para "consertar o Brasil".
As autoridades já solicitaram à Justiça a prisão preventiva de Campolongo e de seu irmão, que também é acusado de ser cúmplice nos ataques. Um dos incidentes ocorreu no dia 15 de julho, na avenida Jorge João Saad, onde uma criança ficou ferida por estilhaços. Os ataques foram registrados em diversas localidades, incluindo São Paulo, Osasco e São Bernardo do Campo.
Durante a investigação, a polícia encontrou estilingues e bolinhas de gude na residência do suspeito, além de indícios de uso de coquetéis molotov. O delegado Júlio Teixeira, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), afirmou que a motivação de Campolongo está ligada ao seu descontentamento com a situação política do país. Nas redes sociais, ele frequentemente criticava o governo atual e expressava apoio a figuras políticas como Jair Bolsonaro.
Até o momento, 22 pessoas foram detidas em conexão com os crimes, incluindo 8 adolescentes e 1 criança. As penas podem chegar a 3 anos de reclusão. A polícia investiga a possibilidade de um "efeito manada" e não descarta a participação de empresas de ônibus ou disputas entre sindicatos. A investigação continua em andamento, com a expectativa de que a prisão de Campolongo possa trazer novos desdobramentos.