Senadores brasileiros manifestaram descontentamento nesta quarta-feira (30) em relação às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e ao aumento de tarifas sobre produtos brasileiros. As medidas, anunciadas pelo governo de Donald Trump, foram interpretadas como uma retaliação política e geraram críticas no Congresso, onde parlamentares defendem a soberania nacional.
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, destacou que o Brasil não deve arcar com as consequências dos erros do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Não é tarifa, é retaliação política! E nós não vamos aceitar calados", afirmou Carvalho, ressaltando que a medida prejudica diretamente os trabalhadores e produtores brasileiros.
Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, também se manifestou em apoio a Moraes, criticando a interferência estrangeira e defendendo a importância das instituições brasileiras. "A soberania das instituições do Brasil não pode ser atacada sem uma indignação dos homens públicos do nosso país", declarou Pacheco em nota oficial.
As sanções dos EUA foram motivadas por supostas violações de direitos humanos e a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros ocorreu como retaliação a decisões comerciais do governo Lula. A tensão entre os países aumentou após investigações contra Jair Bolsonaro, intensificando a pressão sobre o governo Trump para agir contra autoridades brasileiras.