Na semana decisiva para a implementação de tarifas comerciais pelo presidente Donald Trump, senadores brasileiros estão em Washington, D.C., para discutir a taxação de 50% sobre produtos do Brasil. As reuniões, que ocorrem a partir de segunda-feira, 28 de agosto, visam mitigar os impactos da nova política comercial americana, que entrará em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto. O presidente Trump já confirmou que não haverá adiamentos na aplicação das tarifas, que também afetam outros parceiros comerciais, incluindo a Europa.
O secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, reiterou a posição do governo americano, afirmando que "sem extensões" as tarifas estão definidas para entrar em vigor. A comitiva brasileira, composta por senadores de diferentes partidos, busca negociar com representantes do setor privado e lideranças empresariais, uma vez que o Congresso americano estará em recesso parlamentar, limitando as interações oficiais.
A missão é a primeira após uma carta enviada pelo governo dos EUA ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mencionando razões políticas para a imposição das tarifas, que foram apelidadas de "TACO Trump" por operadores de Wall Street. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad, destacou a importância da missão como uma resposta do Parlamento brasileiro para retomar o diálogo com os Estados Unidos e proteger os interesses do setor produtivo.
Além de Trad, a comitiva inclui senadores como Tereza Cristina, Jaques Wagner, e Marcos Pontes. Nos próximos dias, espera-se que Trump assine uma ordem executiva detalhando as justificativas legais para a taxação, uma vez que a investigação do Escritório de Representação de Comércio dos EUA sobre práticas comerciais injustas no Brasil pode levar mais tempo para ser concluída.