O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) declarou, em discurso na quinta-feira, 24, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sua intenção de ser candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. A declaração ocorreu durante uma cerimônia de entregas do governo federal em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, onde Pacheco criticou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que defendem anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Pacheco afirmou que as ações contra as sedes dos três Poderes em Brasília não podem ser tratadas como um "passeio no parque" e destacou a importância da defesa da democracia. O senador, que presidiu o Senado e o Congresso Nacional até fevereiro deste ano, também elogiou Lula, ressaltando sua experiência e respeitabilidade internacional em momentos de crise, como a atual situação tarifária com os Estados Unidos.
A candidatura de Pacheco é vista como uma estratégia do PT para fortalecer sua presença em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país. O partido deve abrir mão de uma candidatura própria no estado, atualmente governado por Romeu Zema (Novo), que se posiciona como crítico do governo Lula e já manifestou sua intenção de concorrer à Presidência da República em 2024. A movimentação política em Minas se intensifica à medida que as eleições se aproximam, com Zema buscando apoio entre os eleitores mais alinhados a Bolsonaro.