Na quinta-feira, 17, o senador Sérgio Moro (União-PR) manifestou sua desaprovação ao veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei que propunha o aumento do número de cadeiras na Câmara dos Deputados de 513 para 531. Em sua conta no X, Moro afirmou que Lula age com hipocrisia ao manter 39 ministérios, enquanto veta a ampliação do Legislativo, e destacou que votou contra o aumento.
O veto foi oficializado no último dia do prazo para avaliação do projeto, em 16 de junho. Inicialmente, Lula considerou não tomar uma decisão, mas acabou contrariando a Câmara dos Deputados, em mais um episódio de tensões entre o Executivo e o Legislativo. O governo busca reafirmar sua posição de que não aceita todas as imposições do Legislativo.
Embora o veto tenha sido imposto, a Câmara ainda tem a possibilidade de derrubá-lo, permitindo que o aumento no número de parlamentares seja efetivado. A proposta de alteração na composição da Casa foi originada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que sugeriu uma reorganização para melhor representar a população, mas a Câmara optou por aumentar o número de cadeiras, ao invés de redistribuí-las conforme a demografia dos Estados.
Uma pesquisa do Datafolha revelou que 76% dos brasileiros se opõem ao aumento do número de deputados, refletindo a impopularidade da proposta, que foi aprovada no Senado com apenas 41 votos a favor, o mínimo necessário, enquanto 33 senadores votaram contra.
