O senador Marcos do Val (Podemos) embarcou para os Estados Unidos na quinta-feira (24), utilizando um passaporte diplomático que deveria ter sido apreendido pela Polícia Federal (PF) em agosto do ano passado. A viagem ocorre em meio a uma investigação em curso contra o parlamentar, que inclui a divulgação de imagens de investigadores da PF e a suposta tentativa de intimidá-los.
Após a confirmação da viagem, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na sexta-feira (25) o bloqueio de cartões, contas bancárias e chaves PIX do senador. A decisão que impediu do Val de deixar o Brasil foi ratificada por unanimidade pela Primeira Turma do STF em fevereiro de 2024, que considerou necessárias as medidas cautelares diante da investigação.
Marcos do Val, em uma transmissão ao vivo das suas férias na Disney, ironizou as restrições impostas pelo STF, afirmando que estava em recesso parlamentar e que não compreendia o alarde em torno de sua viagem. O senador classificou as decisões de Moraes como uma "perseguição impiedosa" e destacou que o governo dos EUA reconheceu sua função diplomática, em um momento em que o visto de Moraes foi suspenso pelo governo americano. A continuidade da investigação avaliará se a viagem do senador configura uma violação direta das ordens judiciais.