O senador Marcos do Val (Podemos-ES) realizou uma viagem aos Estados Unidos durante o recesso parlamentar, mesmo após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a entrega de todos os seus passaportes, incluindo o diplomático. A viagem foi realizada com a alegação de que sua documentação estava regular e que a saída do país foi comunicada previamente ao STF, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Senado Federal.
Em nota, Do Val afirmou que seu passaporte diplomático, válido até julho de 2027, não possui restrições. No entanto, a Primeira Turma do STF, em dezembro de 2024, manteve a decisão de bloqueio e entrega dos passaportes do senador, em resposta a suspeitas de que ele estaria envolvido em uma campanha de intimidação contra policiais federais. A medida também incluiu o bloqueio de suas redes sociais.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a decisão foi unânime e que o senador tem reiterado comportamentos que justificaram a imposição das medidas restritivas. Do Val recorreu da decisão, argumentando que a retenção dos passaportes prejudica o exercício de sua função parlamentar, mas o recurso foi rejeitado. O senador defendeu sua viagem, afirmando que não há ordens judiciais que limitem sua liberdade de locomoção e que continua a exercer seu mandato normalmente.