O senador Marcelo Castro (MDB-PI) manteve a integridade do novo Código Eleitoral ao rejeitar alterações propostas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. As mudanças, que incluíam a introdução do voto impresso e a remoção de punições para a divulgação de desinformação eleitoral, foram descartadas pelo relator. Castro, no entanto, aceitou incluir uma emenda que isenta de crime a manifestação crítica sobre o serviço eleitoral, afirmando que críticas não configuram divulgação de fatos inverídicos.
O novo texto também criminaliza a divulgação de informações falsas que visem desestimular o voto, com multas que variam de R$ 30 mil a R$ 120 mil. Essa proposta gerou reações negativas entre senadores da oposição, como Rogério Marinho (PL-RN), que a classificou como censura, e Magno Malta (PL-ES), que criticou a tentativa de criminalização da liberdade de expressão.
Outra controvérsia surgiu em relação à quarentena de dois anos imposta a policiais, militares, juízes e promotores que desejam se candidatar. Embora inicialmente prevista para quatro anos, a proposta foi reduzida por Castro após pressão de senadores, incluindo Sérgio Moro (União-PR) e Alessandro Vieira (MDB-SE). A ONG Instituto Sou da Paz defendeu a quarentena como uma medida essencial para preservar a neutralidade das forças de segurança.
A versão final do novo Código Eleitoral foi divulgada na noite de segunda-feira, 7, com a votação marcada para quarta-feira, 9. Entre as mudanças mais significativas, o texto agora inclui novas exceções que permitem a prisão de integrantes de organizações criminosas no dia das eleições, ampliando o rol de possibilidades de detenção nesse período.