O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) expressou gratidão ao vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini nesta quarta-feira, 30, pela atenção ao caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que foi presa na Itália na terça-feira, 29. Zambelli, condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação em uma invasão hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estava foragida no país europeu, alegando que sua cidadania italiana a tornaria 'intocável'.
Salvini, uma figura proeminente da direita italiana, anunciou que planeja visitar Zambelli na prisão. Até o momento, Flávio Bolsonaro é o único membro da família a comentar publicamente sobre o caso, utilizando sua conta no X (antigo Twitter) para afirmar que a deputada é uma 'vítima da perseguição política' no Brasil.
Três dias antes de sua prisão, Zambelli havia publicado um vídeo agradecendo a Flávio por seu apoio, mencionando que ele havia solicitado às autoridades italianas que a recebessem, alegando ser uma 'exilada política'. A deputada está na Itália há quase dois meses, tentando evitar o cumprimento de sua pena no Brasil. A Polícia Federal localizou Zambelli em um apartamento no bairro Aurélio, em Roma, após informações fornecidas pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que relatou os detalhes da prisão em entrevista.
A situação de Zambelli levanta questões sobre a política de asilo e a cooperação internacional em casos de condenações criminais, especialmente envolvendo figuras políticas. O desdobramento do caso poderá impactar a relação entre Brasil e Itália, além de influenciar o cenário político brasileiro, onde a defesa de Zambelli é vista como uma bandeira por parte de aliados de Bolsonaro.
