Em pronunciamento por videoconferência na segunda-feira (14), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) expressou sua insatisfação com a condução das atividades do Senado na última semana antes do recesso parlamentar. Ele argumentou que a realização de sessões remotas, especialmente nas terças e quartas-feiras, tem como objetivo excluir debates sobre temas polêmicos que mobilizam a opinião pública.
Girão destacou três assuntos que, segundo ele, estão sendo evitados nas sessões virtuais: o aumento no número de deputados federais, a proposta de criação de 200 novos cargos no Supremo Tribunal Federal (STF) e as reações do governo Lula à retaliação comercial dos Estados Unidos. O senador se opôs ao projeto (PL 769/2024) que prevê a criação de 160 novas funções comissionadas no STF, afirmando que a votação da matéria, já aprovada pela Câmara, ocorrerá sem a devida inclusão na pauta.
O senador criticou a situação atual do Brasil, afirmando que o STF busca submeter o Senado e que a população está insatisfeita com essa relação. Ele também se manifestou contra a proposta de ampliação do número de deputados, que, segundo ele, possui 90% de desaprovação pela sociedade. Girão pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete a proposta, caso tenha compromisso com o país.
Além disso, Girão comentou sobre a recente decisão dos Estados Unidos de impor barreiras comerciais ao Brasil, atribuindo a medida a violações à liberdade de expressão no país. Ele defendeu uma negociação madura com os EUA e criticou o que considera um alinhamento ideológico do governo Lula, afirmando que o Brasil vive uma situação de perseguição política e violações de direitos humanos, citando casos de parlamentares e cidadãos como vítimas de ativismo judicial.