Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmaram a manutenção do recesso parlamentar de julho, mesmo diante da pressão de líderes da Oposição para que a pausa legislativa fosse interrompida. A decisão foi anunciada na sexta-feira, 18 de julho de 2025, em meio a um contexto político tenso após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota oficial, Alcolumbre ressaltou que o recesso está mantido "conforme amplamente e previamente anunciado" e que, durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões no Senado. Por sua vez, Motta justificou a decisão, afirmando que o período será utilizado para obras estruturais na Câmara, com o intuito de "modernizar e qualificar" os espaços da Casa.
Os trabalhos legislativos estão programados para serem retomados na semana de 4 de agosto, seguindo o calendário estabelecido, que determina que o primeiro semestre legislativo vai de 2 de fevereiro a 17 de julho, e o segundo de 1 de agosto a 22 de dezembro. A Oposição, no entanto, defende a interrupção do recesso para que o Congresso se manifeste sobre as medidas impostas a Bolsonaro, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de contato e redes sociais.