O Senado dos Estados Unidos aprovou, na última quinta-feira (16), um pacote de cortes orçamentários de US$ 9 bilhões, que elimina o financiamento federal para a radiodifusão pública, incluindo a Public Broadcasting Service (PBS) e a National Public Radio (NPR). A votação, que terminou em 51 a 48, contou com a oposição de duas senadoras republicanas, Susan Collins e Lisa Murkowski, que se manifestaram contra a medida.
Esta aprovação representa uma vitória significativa para a administração Trump e reflete a continuidade dos esforços de redução de custos liderados pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), sob a direção de Elon Musk. O projeto agora seguirá para a Câmara dos Deputados, que deve deliberar sobre o texto antes do prazo estabelecido para esta sexta-feira (17).
Os cortes orçamentários marcam uma mudança histórica no processo legislativo, sendo a primeira vez em décadas que o Senado aprova um pacote de cortes discricionários sem o apoio bipartidário tradicional. Além do financiamento para a radiodifusão pública, o pacote também prevê a eliminação de auxílios internacionais, o que gerou críticas de líderes democratas, que alertaram sobre os impactos negativos para crianças em situação de vulnerabilidade no exterior.
O diretor do orçamento da Casa Branca, Russell Vought, não revelou quais agências serão afetadas em futuros pacotes de cortes, mas a expectativa é que novas medidas sejam apresentadas em breve. Os republicanos, por sua vez, defendem que as emissoras públicas têm se afastado da confiança do público, enquanto os democratas acusam a administração de comprometer o processo orçamentário bipartidário em favor de interesses partidários.