O Senado dos Estados Unidos aprovou, na última quarta-feira (15), um pacote de cortes orçamentários de US$ 9 bilhões que visa eliminar o financiamento federal para a radiodifusão pública, incluindo a Public Broadcasting Service (PBS) e a National Public Radio (NPR). A votação ocorreu com um placar de 51 a 48, com duas republicanas, Susan Collins e Lisa Murkowski, se opondo à medida. Essa decisão representa uma vitória significativa para a administração Trump e para o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk.
O projeto agora segue para a Câmara dos Deputados, que deve analisá-lo antes de enviá-lo ao presidente Trump, com um prazo estabelecido até esta sexta-feira (17). Esta é a primeira vez em décadas que o Senado aprova cortes discricionários sem o tradicional apoio bipartidário, sinalizando uma possível mudança na abordagem do Congresso em relação ao financiamento de agências federais.
Além dos cortes na radiodifusão pública, o pacote também prevê a eliminação de auxílios internacionais da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o fechamento de agências menores, como o Instituto de Paz dos EUA. O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, criticou a medida, afirmando que os cortes prejudicarão crianças famintas no exterior e favorecerão a influência da China no cenário global. Os democratas alertam que essa estratégia dos republicanos pode comprometer o processo orçamentário bipartidário e dificultar futuros acordos legislativos.