Na madrugada de quinta-feira, 17 de outubro, o Senado dos Estados Unidos aprovou um pacote de cortes de gastos de 9 bilhões de dólares, uma medida apoiada pelo presidente Donald Trump. O projeto, que agora segue para a Câmara dos Representantes para uma aprovação final até sexta-feira, 18, impacta programas de ajuda internacional e meios de comunicação públicos. Caso não seja aprovado, o governo terá que gastar os recursos conforme o orçamento previamente estabelecido.
Este tipo de medida, conhecido como "pacote de rescisão", não era utilizado há décadas e representa um teste para os cortes propostos pelo Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo empresário Elon Musk. Apesar das resistências de ambos os partidos, o Senado, com maioria republicana, aprovou o pacote com 51 votos a favor e 48 contrários em uma sessão que se estendeu pela madrugada.
O pacote de cortes enfrentou críticas, especialmente em relação ao corte de 400 milhões de dólares destinado a programas de saúde, incluindo o PEPFAR, iniciativa criada pelo ex-presidente George W. Bush para combater a aids. Especialistas destacam que o programa salvou 26 milhões de vidas, e seu corte foi eventualmente rejeitado, permitindo a aprovação do restante do texto. O senador republicano Lindsey Graham defendeu a legislação, afirmando que ela está em linha com as promessas de Trump de reduzir gastos, embora tenha reconhecido a importância da ajuda externa.