O Senado Federal está prestes a analisar a medida provisória 1.293/2025, que reajusta o soldo dos militares das Forças Armadas. A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados na quinta-feira (10), estabelece um aumento em duas parcelas de 4,5%, com a primeira já em vigor desde abril e a segunda programada para janeiro de 2026. A MP tem validade até 8 de agosto e, se não aprovada, poderá perder a eficácia.
O impacto orçamentário do reajuste é significativo, estimado em R$ 3 bilhões no primeiro ano e R$ 5,3 bilhões no segundo. O governo federal afirma que a medida beneficiará cerca de 740 mil pessoas, incluindo militares da ativa, da reserva e pensionistas. O soldo dos almirantes de esquadra, generais de exército e tenentes-brigadeiros do ar, por exemplo, passará de R$ 13.471 para R$ 14.711 após a implementação das duas parcelas.
Por outro lado, o soldo mínimo, que atualmente é de R$ 1.078, aumentará para R$ 1.177 em janeiro, abrangendo as categorias de marinheiro-recruta, soldado e outros militares de menor graduação. As medidas provisórias, editadas pelo governo, têm força de lei desde sua publicação, mas necessitam da aprovação do Congresso dentro do prazo de 120 dias para se tornarem permanentes.